Na edição de 17 de março o
Diarinho trouxe matéria sobre
como as escolas podem ser diferentes, dependendo do lugar. Afinal, nem todas são como as nossas! As salas de aula, matérias, uniformes e até as férias mudam.
André Gravatá e Carla Mayumi, integrantes do projeto Educ-ação, contaram como foi visitar instituições (escolas, faculdades e centros de aprendizagem) pelo mundo. O objetivo era mostrar as diferentes formas de aprendizado no livro
A Volta ao Mundo em 12 Escolas, com previsão de lançamento para o segundo semestre.
O grupo começou o trabalho no início de 2012 e, até agora, já passou por oito países diferentes: Indonésia, Índia, Inglaterra, Estados Unidos, África do Sul, Espanha, Suécia, além do Brasil. "Buscamos iniciativas ligadas ao empreendedorismo (
capacidade de realizar atividades inovadoras), sustentabilidade, comunidade e tecnologia. Não estamos em busca da escola perfeita, mas de como a Educação pode ser tão diferente e dar certo", diz André.
Carla contou ao
Diarinho sua experiência ao conhecer três escolas na Índia, Indonésia e Brasil. Ela conversou com os alunos, pais e professores e observou como era a rotina.
A
Green School, na Indonésia, por exemplo, é feita de bambu. As aulas são diferentes para as turmas do Ensino Infantil, Fundamental e Médio. "As salas são amplas, e professores e alunos almoçam no mesmo espaço, que fica no meio da escola", diz. Lá, ninguém usa uniforme, e há aulas de culinária. No período da tarde, os alunos podem fazer vários cursos, como aquele em que aprendem um instrumento musical.
Fotos: Reprodução
|
A Green School, na Indonésia, é feita de bambu |
A
Riverside School, na Índia, tem muitas aulas fora da sala. Por onde andar dá para ver painéis, murais e objetos expostos feitos pelos próprios alunos. Eles também saem do ambiente escolar para conhecer de pertinho o que aprendem na classe. Visitam, por exemplo, uma plantação para entender mais sobre e agricultura do país.
Às sextas-feiras, os estudantes se tornam responsáveis por ensinar a turma na escola indiana. Semanalmente, a sala escolhe um aluno que ensinará uma de suas habilidades, seja na área de dança, esporte, música ou até contação de histórias. Assim como o professor, tem de preparar a aula direitinho.
|
Na Riverside School, os alunos tem várias atividades fora da sala de aula |
Já no Brasil, a Cieja (
Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos), em São Paulo, desenvolveu método que desperta nos estudantes noções de compartilhamento e de cuidado com o próximo. Uma das histórias contadas pela diretoria é a de que decidiram que os próprios alunos pegassem seus lanches, em vez de receberem a porção individualmente. "Eles contaram que nos primeiros dias, as pessoas pegavam várias unidades de uma bebida. A direção percebeu que precisava ensinar que se pegassem tudo em um dia não haveria mais para os outros", disse Carla. A estratégia deu certo!