segunda-feira, 29 de março de 2010

Lixo vira arte


Um peixão que não foi parar na represa nem no lixo está em exposição ao lado da Estação de Tratamento da Sabesp, em Riacho Grande. A obra, que utiliza cerca de 500 fundos de garrafa PET, foi executada por 80 adolescentes que participam do projeto Jovens de Fibra, moradores na região do Alvarenga. A atividade foi orientada pelo artista João do Lixo e comemora os 85 anos da Represa Billings.

Além de estimular o lado artístico, o trabalho serviu para conscientizar sobre a importância da reciclagem e da quantidade de lixo que é descartada sem preocupação. Giulia Maria da Silva Roberto, 17 anos, moradora do Jardim do Lago, curtiu transformar o lixo em arte. “Se cada um separar o seu lixo não prejudicaremos o meio ambiente”, diz.

Garrafas pet e sacolinhas plásticas representam hoje grande problema ambiental. Jogadas na rua, são levadas pelas chuvas, entupindo bueiros e indo parar nos rios e mares, onde ficam por muito tempo. A garrafa pet chega a demorar mais de 200 anos para se decompor, enquanto a sacolinha precisa de cerca de 100 anos. Com elas, é pior ainda. Matam animais marinhos que engolem as sacolinhas, acreditando tratar-se de comida. Muitas redes de supermercado, inclusive, pretendem bani-las de vez. O Carrefour, por exemplo, quer acabar com elas dentro de quatro anos, e o Pão de Açúcar estimula o uso de sacolas retornáveis.

A reciclagem de garrafas PET tem sido cada vez mais estimulada. Hoje já entra na composição de fibras para produção de jeans e camisetas, objetos de decoração, móveis, vassouras, entre muitas outras coisas. E você, o que faz com elas?

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