terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cocô de elefante vira papel

 
O que diria se alguém lhe desse de presente um caderno feito de cocô de elefante? É isso mesmo: os excrementos desse animal já são usados há alguns anos para produzir papel. Como ele é herbívoro, só come vegetais cheios de fibras com a capacidade de serem utilizadas no lugar de árvores para substituir a celulose.  Cada um devora cerca de 200 kg por dia, dos quais 50 kg são eliminados como resíduos, que são suficientes para fabricar 115 folhas de papel.


 A pioneira nesta atividade foi a Elephant Dung Paper, que fica dentro de uma reserva para elefantes na Tailândia. Ela fabrica cadernos, jogos de papéis de carta, caixas, álbuns para fotos, entre outros produtos. O lucro das vendas é usado para financiar programas de conservação da espécie. No Canadá, a Poo Poo Paper Company (http://www.poopoopaper.com)/ faz algo semelhante utilizando os excrementos recolhidos em parques.



Os fabricantes garantem que o produto final não tem cheiro nem bactérias.É produzido de forma bem artesanal, com a vantagem de o elefante gentilmente fazer a primeira etapa do processo de fabricação, que é a obtenção das fibras. O trabalho começa com o recolhimento do cocô, que é fervido com água por até cinco horas. As fibras são separadas e transformadas em várias bolinhas (confira esse processo no http://www.elephantdungpaper.com/). Cada uma é esticada numa moldura que fica secando no sol até virar uma folha, que depois é transformada em vários produtos.





Quem teve essa ideia foi o senhor Wanchai que, no caminho de casa para o trabalho, passava por uma fábrica de papel natural e imaginou em aproveitar o esterco acumulado no centro tailandês de elefantes. Levou para casa um carro cheio de esterco e começou a fazer experiências, usando o processador de alimentos da família. Sem medo de ser taxado de louco, tentou e conseguiu bom resultado.  O senhor Wanchai diz que muitos podem pensar que você é louco, mas se tiver coragem de tentar pode ter sucesso.

Um comentário:

Beatriz disse...

Achei essa reportagem muito interessante. Incrivel como tudo pode ser reaproveitado em prol do meio-ambiente!