Você usa palavra ou palavrão?

Palavrão é palavra comprida ou com significado feio? Você até pode saber a resposta, mas as palavras têm muitos outros mistérios difíceis de decifrar. Neste domingo (20), o Diarinho traz matéria curiosa sobre elas. Confira três livros que também as têm como tema:

Palavras, Palavrinhas e Palavrões (Editora FTD, 47 págs., R$ 28,90), da escritora Ana Maria Machado, conta a história de uma menina muito esperta que sempre gostou de aprender palavras novas. O problema é que nem todas podiam ser pronunciadas, segundo os adultos. Por isso, vivia levando bronca dos pais e avós. No entanto, ninguém explicava por que algumas não deviam ser ditas. Afinal, quando a gente sabe que um nome é feio ou bonito? O leitor pode se identificar com as dúvidas da garotinha, que não fazia a mínima ideia do que otorrinolaringologista, fonoaudiologia e obstetrícia queriam dizer.


Apolinário: O Homem-Dicionário (Editora Panda Books, 40 págs., R$ 28,90) é o novo livro de Fábio Yabu, criador de As Princesas do Mar. Conta a história de um homem apaixonado pelas palavras. Quando era jovem, comprou do misterioso vendedor um grande dicionário. Mas o livro tinha defeito: uma palavrinha estava borrada. O significado, porém, tinha de descobrir sozinho. Anos se passaram e Apolinário cresceu e aprendeu o que todos os nomes queriam dizer; na realidade, nem todos. Transformou-se em professor de português admirado pelos alunos. No entanto, algo faltava em sua vida. Será que era a tal palavrinha perdida? Entristecido, decidiu procurá-la. E não é que no meio do caminho encontrou muito mais do que esperava!

A Menina que Acordava as Palavras (Melhoramentos, 47 págs., R$ 29), do escritor e cartunista Nani, também traz uma garota com montão de dúvidas sobre palavras que nunca havia escutado. Na realidade, ela descobriu que muitas delas ficam a maior parte do tempo dormindo dentro do dicionário, sem que ninguém as use. Então, o jeito para descobrir o que significam é colocar o despertador para funcionar e acordá-las. Foi justamente o que a protagonista fez. Dessa forma, aprendeu o que muitas palavras diziam. Umas eram bem estranhas, outras, bonitas. Não importa. Todas gostavam de passear pelas frases da menina.