Não é a carinha da mamãe!

Você já viu um filhote de anta? Se já provavelmente nunca mais esqueceu! Ele vira atração rapidinho, como o da foto, que nasceu no Zoo de Santa Fé, em Medelim, na Colômbia, no fim de fevereiro. É que o bebê é bem diferente da mãe. Nasce com o corpo listradinho, parecendo uma melancia. São listras horizontais brancas ou amareladas, que desaparecem depois de cinco meses. Acredita-se que isso funcione como forma de proteção, para que seja confundido com o ambiente. Conforme vai crescendo, sua pelagem adquire a cor marrom-acinzentado.

Há uma lenda que diz que, quando Deus criou o mundo formou a anta com partes emprestadas de outros bichos: corpo de porco, pé de rinoceronte, cascos de boi e focinho parecido com a tromba de elefante, longo e flexível. Embora tenha jeitinho de arisca, é pacífica e tímida, esconde-se durante o dia e sai à noite para procurar comida. Alimenta-se de folhas, ervas e raízes. Quando se sente ameaçada, corre para a água. É ótima nadadora.

A anta, também conhecida como tapir, é o maior mamífero terrestre do Brasil, alcançando 1,20 m de altura e 300 kg. A fêmea é maior que o macho e desafia qualquer um que tente se aproximar do filhote. Vive em florestas e campos da América do Sul. É solitária, sai à procura de parceiro só na época de reprodução. A gestação dura cerca de 13 meses e nasce um filhote, que fica com a mãe até completar quase 1 ano.

Apesar de não ser ameaçada de extinção, vive em áreas cada vez menores por causa da devastação de florestas e matas. Também é caçada para servir de alimento.
Não se sabe por que, mas na linguagem popular, anta designa alguém de inteligência limitada, burra.