Um peixão que não foi parar na represa nem no lixo está em exposição ao lado da Estação de Tratamento da Sabesp, em Riacho Grande. A obra, que utiliza cerca de 500 fundos de garrafa PET, foi executada por 80 adolescentes que participam do projeto Jovens de Fibra, moradores na região do Alvarenga. A atividade foi orientada pelo artista João do Lixo e comemora os 85 anos da Represa Billings.
Além de estimular o lado artístico, o trabalho serviu para conscientizar sobre a importância da reciclagem e da quantidade de lixo que é descartada sem preocupação. Giulia Maria da Silva Roberto, 17 anos, moradora do Jardim do Lago, curtiu transformar o lixo em arte. “Se cada um separar o seu lixo não prejudicaremos o meio ambiente”, diz.
Garrafas pet e sacolinhas plásticas representam hoje grande problema ambiental. Jogadas na rua, são levadas pelas chuvas, entupindo bueiros e indo parar nos rios e mares, onde ficam por muito tempo. A garrafa pet chega a demorar mais de 200 anos para se decompor, enquanto a sacolinha precisa de cerca de 100 anos. Com elas, é pior ainda. Matam animais marinhos que engolem as sacolinhas, acreditando tratar-se de comida. Muitas redes de supermercado, inclusive, pretendem bani-las de vez. O Carrefour, por exemplo, quer acabar com elas dentro de quatro anos, e o Pão de Açúcar estimula o uso de sacolas retornáveis.
A reciclagem de garrafas PET tem sido cada vez mais estimulada. Hoje já entra na composição de fibras para produção de jeans e camisetas, objetos de decoração, móveis, vassouras, entre muitas outras coisas. E você, o que faz com elas?
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